domingo, 10 de fevereiro de 2008

Este PS é uma trupe, uma quadrilha de ressabiados, frustrados, do piorio ...

...os socialistas portugueses, o PS, são uma trupe, uma quadrilha de ressabiados, frustrados, do pior que encontro no espectro partidário português. Jacobinos, maniqueístas. Fora do poder, moldam refinam, burilam os tiques, os trejeitos, as poses, a linguagem, não olham nos olhos, são contemporizadores, aquiescentes... condescendem, parecem contemplativos, reivindicam paz de espírito e apelam ao bom senso, sei lá...... quando no poder, quáis mutantes, solta-se-lhes o verbo, a ira, espumam impropérios, não aceitam a diferença, a opinião. Quando no poder em cada um existe um Marat, um Robespierre, depressa tiram a gravata e despem o fato, fazem-se sans-cullote, caso necessário misturam-se com a racaille... dêem-lhes rédea e, ágeis, instalam uma Comuna (de Paris). Guilhotinam e escondem a guilhotina, chicoteiam e escondem o chicote, deleitam-se com croissants e mandam distribuir farelo ao povo.
As óbvias vantagens de um comunista é que se sabe sempre donde vem, o que propõe, como preconiza. Sabe-se de onde vem, para onde e como pretende lá chegar. São, por natureza, mentes e corpos de muito maior carácter. Não simulam. Não se escondem, assumem.
Bem! a razão porque passam por momentos de menor contenção resulta de que sentem estar o chão a fugir-lhes. A fugir-lhes pelas piores razões. A pior razão é que não alcançaram que não basta a Frei Tomás... como tantas vezes tenho afirmado existem uma série de “meios” que ainda há bem pouco seriam controláveis e hoje, democratizaram-se! e, não há quem os controle mais (a não ser na China ou no Myanmar ou Angola, no Zimbabwe ou no Chade, na Líbia ou na Síria) . A informação é uma delas e não é a de menor importância. A fruição da opinião alheia também. A capacidade de intervenção outra. O confronto de ideias ainda outro, etc... com um enorme ascendente sobre os meios de difusão tradicionais. Esses sujeitam-se ao escrutínio, à opção dos que os compram (ou não). Estes são voluntários. Sem amarras. Sem interesses que não sejam os do próprio.
Os detentores do poder podem reclamar, em seu proveito, o direito ao bom nome. Podem reivindicar o que entenderem. Há contudo um que nunca estará nas mãos de ninguém – o direito à insuspeita. O direito à não suspeição exige em primeiro lugar que o escrutinado esteja acima da suspeita e, não há quem. No caso de Sócrates passa-se exactamente o inverso disto: tudo induz no sentido da suspeita! da dúvida. Acresce o direito que cada um de nós tem da arbitrariedade no juízo, na opinião, na avaliação, na qualificação.
A Sócrates assiste-lhe o direito de querer almoçar comigo, de sentar-se à minha mesa. A mim assiste-me o direito de lhe negar esse direito. Com uma pequena diferença, apreciável, ponderosa: sou eu que pago o almoço (sou eu que o elejo. Eu! nós todos) e, como tal, sou o último a falar aliás, há “coisas” em que sou o único que fala. Para o abençoar ou para o mandar para o “quinto dos infernos”! Por mim, explicitamente, nem em rodapé de uma qualquer página de um livro de História constaria.

Escrito por David Oliveira