segunda-feira, 4 de agosto de 2008

ACUSO

Acuso agora José Sócrates de não ter tido a coragem política de cumprir uma das promessas do seu programa eleitoral, que era a de progressivamente financiar as autarquias a partir do Orçamento do Estado, em exclusivo, deixando de lhes permitir financiarem-se também com as receitas locais do imobiliário - deste modo impedindo que quem mais construção autoriza, mais receitas tenha. Acuso o Governo de José Sócrates de ter feito pior ainda, inventando essa coisa nefasta dos projectos PIN (de interesse nacional!), ao abrigo dos quais é o Governo Central que vem autorizando megaconstruções que as próprias autarquias acham de mais. Acuso esta gente que só sabe governar para eleições, que não tem sequer amor algum à terra que os viu nascer, que enche a boca de palavrões tais como "preservação do ambiente" e "crescimento sustentado" e que não é mais do que baba nas suas bocas, de serem os piores inimigos que o país tem. Gente que não ama Portugal, que não respeita o que herdou, que não tem vergonha do que vai deixar.
Miguel Sousa Tavares, no "Expresso"

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Quem são os filhos da puta que fazem leis destas?

O pagamento de parte da remuneração a um colaborador em espécie está consignada na Lei. Existe e nada contra. Nada! porque apenas é efectuada desde que exista consentimento do colaborador. Nada! porque está limitada a um montante que nunca pode ser, em valor, mais do que a parte paga em dinheiro.
Outra coisa absolutamente diferente é que essa possibilidade passe a sê-lo sem o consentimento do trabalhador. Concordem os sindicatos ou não com tal hipótese eu, acho-a uma aberração. Por princípio. Inadmíssivel. Haja bom-senso! É uma daquelas decisões/hipóteses que só são possíveis em cabeças suportam QI´s anormais – se superiores ou inferiores fica ao critério de cada um. Para mim são, sem dúvida, QI´s indiciadores da mais perfeita idiotia, por um lado ou perversidade, por outro.
Imagine o leitor que trabalha para um armazenista de produtos hortícolas. O seu patrão vai começar a pagar-lhe parte do ordenado em batatas, repolhos, cebolas. Responde o leitor: melhor! não tenho que as comprar e essa é uma outra maneira de “lucro” já que me são contabilizadas ao “preço-de-custo”. Pior seria se as tivesse de ir comprar a preços de retalhista. Ai é?! e se recebe por conta do seu honorário dez quilos de batatas, cinco de repolhos, cinco de cebolas, dois de cenouras e o seu consumo em casa é de, normalmente, metade dessa quantias? Vai alugar um lugar na praça/mercado do seu sítio para transaccionar os seus excedentes? vai de porta em porta abastecer os seus vizinhos? ou... imagine que trabalha para um armazenista de bananas e, por já não poder ver ou cheirar bananas, o seu patrão resolve começar a entregar-lhe por pagamento dez quilos de bananas por mês. Deve, ser caso, para mandar o seu patrão enfiar as bananas no cú (dele) ou... imagine que trabalha num pub e o seu patrão resolve abrir uma conta-corrente com um plafond (por conta do pagamento em espécie) de 60 bebidas por mês? ou... imagine que trabalha ao balcão de uma discoteca e o seu patrão resolve começar a pagar-lhe parte em Cd’s ou em uma livraria e recebe por conta livros?... e que tal se fossem à merda?!
Não se deve/pode escrever/dizer asneiras. Ai não?! mas pode tentar ser-se “filho-da-puta” e lixar o próximo - lixar o próximo protegido pela Lei e ser “filho-da-puta” fazendo leis destas?
escrito por David Oliverira - no blogue Pleitoseapostilas

Mais uma “mentira” de José Sócrates

«Magalhães», um computador pouco português

Apresentado com pompa e circunstância por José Sócrates, trata-se de um produto totalmente idealizado pela Intel


Foi anunciado como o primeiro computador português, mas não é bem assim. O Magalhães é originalmente o Classmate PC, produto concebido pela Intel no sector dos NetBooks, que surge em reacção ao OLPC XO-1, que foi idealizado por Nicholas Negroponte.
Será, no fundo, um computador montado em Portugal, mais propriamente pela empresa JP Sá Couto, em Matosinhos. Tirando o nome, o logótipo e a capa exterior, tudo o resto é idêntico ao produto que a Intel tem estado a vender em várias partes do mundo desde 2006. Aliás, esta é já a segunda versão do produto.

Computador já está à venda em vários países
Este computador ultraportátil já está à venda em vários países, inclusivamente o Brasil, mas nem sempre é conhecido pelo mesmo nome. A ideia não é portuguesa, mas irá dar postos de trabalho na montagem dos componentes. Também permitirá manter bem viva a acção das empresas de comunicações, que irão fazer mais alguns milhares de contratos de acesso a Internet. São 500 mil portáteis disponíveis para as crianças dos seis aos dez anos. Um agrado para os mais novos, que com certeza também satisfará os pais.
Na Indonésia o «Magalhães» é conhecido pelo nome de «Anoa», na Índia é o Mileap-X series, na Itália é o Jumpc e o no Brasil é conhecido por Mobo Kids. O Governo do Vietname percebeu o sucesso da oferta e já o colocou nas escolas a preço reduzido. Uma ideia agora adoptada por José Sócrates.
Intel como conselheira tecnológica
(…) ao contrário da pompa e circunstância difundida pelo Governo, a notícia teve um outro impacto a nível internacional, sendo considerado um grande negócio para a Intel na guerra pela liderança no mercado dos Netbooks com a rival OLPC (One Laptop Per Child ¿ Um Computador Por Criança). Segundo a porta-voz da empresa, Agnes Kwan, para além da maior venda de sempre destes computadores, a Intel passará a ter direito de conselheira tecnológica do Ministro Mário Lino, que está a liderar o programa. A mesma porta-voz diz que estes computadores (Classmate PC) já estão presentes em mais de 30 países, relata a agência Associated Press.
Por: Filipe Caetano