terça-feira, 26 de junho de 2007

A globalização e a crise já chegaram ao putedo

Deve ser do Verão ter arrebitado mas hoje sinto-me feliz. E aparentemente nem teria razões para me sentir tão bem. Li no site do Semanário Económico que o BCE - Banco Central Europeu vai voltar a subir as taxas de juro, logo fico mais pobre ainda. Mas que se há-de fazer, se o mundo agora só gira à volta de cifrões.
Estive também a consultar os classificados do JN. É um vício que tenho desde há muito e vai morrer comigo. Dou por mim a ver a necrologia, os anúncios do compra-se, aluga-se e vende-se e, até mais recentemente, leio e releio a página do relax.
Sinais dos tempos da crise que atravessaamos, reparo que há cada vez mais anúncios de gajas, gajos e travestis a venderem momentos de sexo, a qualquer preço. Sim, porque, pelo que vejo, a crise também chegou em cheio à indústria do sexo. Arribou a crise e também a democratização dos gostos. Reparei que já há quase tantos anúncios de travestis e homossexuais como de putas "legítimas".
E como os preços vêm por aí abaixo! Há tipas a oferecerem serviços a 1o euros. Onde vai parar este país? Contas feitas, 1o euros que não dão para o preservativo. Ou será que pela globalização já estamos a enfiar borrachinas made in china? Um dia destes, se nos descuidamos, lá nos nasce um filho de olhos em bico.
Quem diria que Trótsky teria razão um século e tal depois - revolução mundial e pemanente. Até nos perservativos. E por ironia, vinda da terra de Mao Tsé Tung. Leon Trótski deve dar revolver-se todo lá bem no fundo do túmulo.