As "trapalhadas" do PS e de José Sócrates e o ataque ao Juiz de Instrução que validou as escutas
Texto postado no blogue do advogado José Maria Martins
As conversas telefónicas que o semanário "Sol" publicou, no passado Sábado ,são mais uma razão para ser revogado o regime de publicação das conversas telefónicas , escutadas nos vários processos.A publicação tem de ser livre, porque é do interesse público.O Poder, o arco PS/PSD/CDS, movimenta-se subterraneamente, ao sabor dos interesses das lojas maçónicas ,umas vezes ,e da Opus Dei outras.No fundo, jogos de poder.O jornal "O Sol" teve a coragem de as publicar e desmascarar José Sócrates, mais Paulo Portas, mais Rui Pereira.Há uma outra situação preocupante. Parece que o Ministro da Administração Interna está a castigar o Juiz Dr. Carlos Alexandre ,juiz de instrução do Tribunal Central de Instrução Criminal, que validou as escutas, que ordenou as buscas.O Juiz Carlos Alexandre sofreu um "assalto" na sua casa, facto noticiado no jornal Expresso da passada semana. Terá pedido protecção, a cargo da PSP, mas o Ministério da Administração Interna, atavés da sua longa mão na PSP, não lhe terá disponibilizado segurança pessoal.Estive no Tribunal da Boa Hora, na passada sexta-feira e o caso é comentado entre advogados e outros, grassando a revolta pela prepotência, dizem.Se for verdade que Rui Pereira, enquanto Ministro da Administração Interna está a prejudicar e a pôr a vida ,e a liberdade do Juiz Carlos Alexandre em perigo, não lhe atribuíndo segurança pessoal - ao contrário do que acontece com a Drª Ana Peres do caso Casa Pia e do próprio "Bibi" - então as coisas são muitissimo graves.O Juiz Carlos Alexandre é só o equivalente português ao juiz Baltazar Garçon, em Espanha.Tem a ser cargo, como juiz de instrução, os processsos "Furacão", "Portucale", "Burla às OGFE envolvendo militares , incluindo oficiais generais portugueses , polacos e bitânicos", entre outros, que mexem com o Poder.O Poder estará a apertar o juiz Carlos Alexandre, negando-lhe segurança pessoal, condições de trabalho.Quem como eu luta contra a corrupção, o tráfico de influências, o amiguismo e a cunha, só pode ficar preocupado.E revoltado.O Ministro Rui Pereira tem de agir na prossecução do interesse público. Não pode interferir no Poder Judicial ,nem directa nem indirectamente.E como diz o Povo "há muitas maneiras de matar moscas ".O Presidente da República tem de tomar uma posição sobre esta questão e nós devemos denunciá-la, sem medos, sem constrangimentos.Porque se o MAI não proporcionar ao juiz Dr. Carlos Alexandre as condições para ele se sentir livre e seguro no seu trabalho, há uma inversão total dos valores.Um ataque ao Estado de Direito e à Liberdade da Justiça actuar.Se acontecer alguma coisa ao Dr. Carlos Alexandre ,alguém vai ter de ser responsabilizado.Os jogos das lojas maçónicas - verdadeiros centros de emprego e tráfico de influência, como se vê das escutas publicadas pelo "Sol" - são os principais agentes do marasmo que é Portugal.
Texto postado no blogue do advogado José Maria Martins
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
O aprendiz & afilhado do verdadeiro artista
O aprendiz & afilhado do verdadeiro artista

Vejam que currículo o deputado Mota ostenta
Fica a pergunta: Onde, quando e como trabalhou?
DePUTADOS Biografia
MANUEL António Gonçalves MOTA da Silva
Partido - PS
Círculo Eleitoral
BRAGA
Data de Nascimento
01-05-1972
Habilitações Literárias
Licenciatura
Profissão
Empresário / Professor
Cargos que desempenha
Deputado na X Legislatura
Membro da Grande Área Metropolitana do Minho
Membro da Assembleia Municipal de Barcelos
Comissões Parlamentares a que pertence
Comissão de Educação, Ciência e Cultura
NOTA: este é apenas um belo exemplar dos deputados que se passeiam no parlamento português!
domingo, 16 de setembro de 2007
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Só agora? ou foi para mostrar que tinha rapado o bigode? Horácio Barra fez um peeling
A reentré tem destas coisas. Há dois anos, em debate com Fernando Reis, Horácio Barra prometeu que se ganhasse as eleições tentaria anular o contrato de concessão da água e saneamento. Perdeu as eleições, porque os barcelenses perceberam a demagogia. Então os socialistas em Braga, Vila do Conde, etc, etc, estão a vender (e não a concessionar) os sistemas públicos e o PS de Barcelos está a prometer o contrário?
Então o governo do PS está a propor vender a empresa pública Águas de Portugal, a maior empresa abastecedora de água do país, e o PS de Barcelos defende o contário?
Dito isto, e porque Barra durante mais de dois anos só andou a falar da empresa Àguas de Barcelos, acho que desta vez apenas o fez para mostrar que durante as férias tinha rapado o bigode.
Este sim é o facto político mais importante do ano. Barra rapou o bigode!
Há quem diga que foram os seus assessores (brilhantes nestas coisas) que lhe sugeriram a mudança de visual, já que entendem que a farta bigodaça que ostentava ofuscava a sua faceta política. também dizem que os fotógrafos do Barcelos Popular choravam porque Barra saia mal nas páginas do verde. Outros, no entanto, asseguram que o peeling ao bigode tem a ver com a contestação interna que está a sofrer.
A "terceira via", que o Jornal de Barcelos anunciou, também está preocupada em descortinar que estratégia está por detrás desta mudança de visual.
Uma coisa é certa! Barra tem desde já de começar a colar cartazes com a sua nova imagem. Ou senão arrisca-se a chegar às eleições e ter menos votos nas urnas do que no último acto eleitoral
O concelhoprofundo pode dar uma dica.
E se a frase de campanha fosse a seguinte: "agora sem bigode já ninguém me f..." piiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Então o governo do PS está a propor vender a empresa pública Águas de Portugal, a maior empresa abastecedora de água do país, e o PS de Barcelos defende o contário?
Dito isto, e porque Barra durante mais de dois anos só andou a falar da empresa Àguas de Barcelos, acho que desta vez apenas o fez para mostrar que durante as férias tinha rapado o bigode.
Este sim é o facto político mais importante do ano. Barra rapou o bigode!
Há quem diga que foram os seus assessores (brilhantes nestas coisas) que lhe sugeriram a mudança de visual, já que entendem que a farta bigodaça que ostentava ofuscava a sua faceta política. também dizem que os fotógrafos do Barcelos Popular choravam porque Barra saia mal nas páginas do verde. Outros, no entanto, asseguram que o peeling ao bigode tem a ver com a contestação interna que está a sofrer.
A "terceira via", que o Jornal de Barcelos anunciou, também está preocupada em descortinar que estratégia está por detrás desta mudança de visual.
Uma coisa é certa! Barra tem desde já de começar a colar cartazes com a sua nova imagem. Ou senão arrisca-se a chegar às eleições e ter menos votos nas urnas do que no último acto eleitoral
O concelhoprofundo pode dar uma dica.
E se a frase de campanha fosse a seguinte: "agora sem bigode já ninguém me f..." piiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
A rosa murcha de Sócrates e o espinho cravado de Barra
Por cá, no concelho profundo há novidades ressequidas. Vasco de Carvalho anunciou que estava disponível para ser candidato à Câmara Municipal. Fê-lo pela enésima vez, e, pela enésima vez, os "cães-de-fila" usaram o velho advogado para sujar papel.
Desde que tenho memória, Vasco sempre foi cadidato a candidato, mas invariavelmente acaba a comentar as vitórias de Fernando Reis aos microfones da sua rádio Cávado.
Do mal o menos, fica-lhe bem a coerência: auto-anuncia-se, põem-se em bicos de pés, mas como ninguém o leva a sério, nem mesmo os "cães-de-fila" que sujam papel nos jornais, ele lá volta ao estatuto de comentador residente.
E enquanto Vasco anima o circo do Verão, no Partido Socialista os espinhos da rosa viraam-se contra Horácio Barra.
Dizem que um seu adversário interno angariou 500 novos militantes. O Barcelos Popular apressou-se a chamar-lhe "chapelada". Eu diria barrete. Grande barrete. Chapelada é descarregar votos sem que haja eleitores reais. Nunca angariar militantes. Barrete é o que o Barcelos Popular enfiou, ainda, quando na ânsia e ganância de defender o Compadre Barra, escreveu que estes votos nunca contarão porque o Secretariado vai fazer tudo para encravar o processo de validação! Assim mesmo, à descarada. À "não isento", mas "independente".
De tudo isto, o concelho profundo retira uma lição. Valente Vasconcelos. Fizeste o Barcelos Popular dizer que para o actual Secretariado Socialista, até vale fazer batota na secretaria para "eliminar" militantes contestatários. Ou será que o jornalista inventou? A ser assim, vamos ver se alguém da direcção do PS vem desmentir a notícia. Esperemos sentados!
E com as coisas assim, no ConcelhoProfundo, leiam com atenção o seguinte artigo de Baptista-Bastos. Vale a pena.
A ROSA MURCHA DE SÓCRATES
Baptista-Bastos
escritor e jornalista
b.bastos@netcabo.pt
No emocionado êxtase de si próprio, José Sócrates anda pelo País a distribuir computadores. Faz discursos repletos de adjectivos e de nenhumas reticências. Como ninguém dá nada de graça, os recebedores das máquinas têm de as pagar, mais tarde ou mais cedo, acaso com leves descontos. Tudo em nome da ciência, da tecnologia e do conhecimento. E ponha lá, também, da "esquerda moderna", instrutiva expressão inventada nos melancólicos vagares de José Sócrates. Os portugueses estão cada vez mais aflitos, andam cheios de Prozac, enchem os consultórios de psicólogos e de psiquiatras, e o querido primeiro-ministro entrega-lhes computadores, na presunção de que vai erguer o moral da pátria.
Portugal existe numa litografia graciosa e colorida, segundo no-lo é apresentado pelo Governo. Mas os números do desespero são assustadores. Admito que as evidências da realidade sejam extremamente maçadoras para a desenvolta modernidade do Executivo: meio milhão de desempregados; dois milhões de compatriotas em risco de pobreza; três milhões de famílias endividadas em cerca de 1,2 vezes o seu rendimento anual; 48 mil professores sem colocação; milhares de enfermeiros em estado de susto; e as dez maiores fortunas do País cresceram quase 14%.
Possuo enorme rol de malformações sociais, criadas, aumentadas ou não resolvidas por este Governo que somente serve para nos dar desgostos, enquanto acusa os objectantes de intrigas rasteiras e manobras sórdidas. A verdade é que começamos a assistir a pequeninas insurreições de militantes do PS, que apontam Sócrates à execração socialista e o acusam de ter murchado a rosa. Ainda há dias, Alfredo Barroso deu alguma luminosidade ao triste Sol do Saraiva, aproveitando o rodapé em que foi paginado o seu artigo para reduzir a subnitrato este PS, o Governo e adjacências. É um texto exemplar, pelo que nomeia de danos irreversíveis provocados pela vigência destes "socialistas modernos".
Porém, José Sócrates não só dissolveu as expectativas nele depositadas. Avariou, irremediavelmente, a grandeza de intenções contida na ideia de socialismo. Guterres causara amolgadelas graves no corpo cambaleante do infeliz partido, mas nada que se compare às cacetadas de Sócrates. Daqui para o futuro quem vai acreditar nos socialistas, no socialismo, no PS?, cuja história carrega um peso insuportável de derivas, desvios e traições.
José Sócrates pode ser um guloso de tecnologia, um amante desvairado de cibernética, um "animal feroz", como se definiu numa preguiçosa e insensata entrevista ao Expresso. O que José Sócrates não é, sabemo-lo todos - e todos os dias: nem socialista, nem grande político nem grande primeiro-ministro.|
Desde que tenho memória, Vasco sempre foi cadidato a candidato, mas invariavelmente acaba a comentar as vitórias de Fernando Reis aos microfones da sua rádio Cávado.
Do mal o menos, fica-lhe bem a coerência: auto-anuncia-se, põem-se em bicos de pés, mas como ninguém o leva a sério, nem mesmo os "cães-de-fila" que sujam papel nos jornais, ele lá volta ao estatuto de comentador residente.
E enquanto Vasco anima o circo do Verão, no Partido Socialista os espinhos da rosa viraam-se contra Horácio Barra.
Dizem que um seu adversário interno angariou 500 novos militantes. O Barcelos Popular apressou-se a chamar-lhe "chapelada". Eu diria barrete. Grande barrete. Chapelada é descarregar votos sem que haja eleitores reais. Nunca angariar militantes. Barrete é o que o Barcelos Popular enfiou, ainda, quando na ânsia e ganância de defender o Compadre Barra, escreveu que estes votos nunca contarão porque o Secretariado vai fazer tudo para encravar o processo de validação! Assim mesmo, à descarada. À "não isento", mas "independente".
De tudo isto, o concelho profundo retira uma lição. Valente Vasconcelos. Fizeste o Barcelos Popular dizer que para o actual Secretariado Socialista, até vale fazer batota na secretaria para "eliminar" militantes contestatários. Ou será que o jornalista inventou? A ser assim, vamos ver se alguém da direcção do PS vem desmentir a notícia. Esperemos sentados!
E com as coisas assim, no ConcelhoProfundo, leiam com atenção o seguinte artigo de Baptista-Bastos. Vale a pena.
A ROSA MURCHA DE SÓCRATES
Baptista-Bastos
escritor e jornalista
b.bastos@netcabo.pt
No emocionado êxtase de si próprio, José Sócrates anda pelo País a distribuir computadores. Faz discursos repletos de adjectivos e de nenhumas reticências. Como ninguém dá nada de graça, os recebedores das máquinas têm de as pagar, mais tarde ou mais cedo, acaso com leves descontos. Tudo em nome da ciência, da tecnologia e do conhecimento. E ponha lá, também, da "esquerda moderna", instrutiva expressão inventada nos melancólicos vagares de José Sócrates. Os portugueses estão cada vez mais aflitos, andam cheios de Prozac, enchem os consultórios de psicólogos e de psiquiatras, e o querido primeiro-ministro entrega-lhes computadores, na presunção de que vai erguer o moral da pátria.
Portugal existe numa litografia graciosa e colorida, segundo no-lo é apresentado pelo Governo. Mas os números do desespero são assustadores. Admito que as evidências da realidade sejam extremamente maçadoras para a desenvolta modernidade do Executivo: meio milhão de desempregados; dois milhões de compatriotas em risco de pobreza; três milhões de famílias endividadas em cerca de 1,2 vezes o seu rendimento anual; 48 mil professores sem colocação; milhares de enfermeiros em estado de susto; e as dez maiores fortunas do País cresceram quase 14%.
Possuo enorme rol de malformações sociais, criadas, aumentadas ou não resolvidas por este Governo que somente serve para nos dar desgostos, enquanto acusa os objectantes de intrigas rasteiras e manobras sórdidas. A verdade é que começamos a assistir a pequeninas insurreições de militantes do PS, que apontam Sócrates à execração socialista e o acusam de ter murchado a rosa. Ainda há dias, Alfredo Barroso deu alguma luminosidade ao triste Sol do Saraiva, aproveitando o rodapé em que foi paginado o seu artigo para reduzir a subnitrato este PS, o Governo e adjacências. É um texto exemplar, pelo que nomeia de danos irreversíveis provocados pela vigência destes "socialistas modernos".
Porém, José Sócrates não só dissolveu as expectativas nele depositadas. Avariou, irremediavelmente, a grandeza de intenções contida na ideia de socialismo. Guterres causara amolgadelas graves no corpo cambaleante do infeliz partido, mas nada que se compare às cacetadas de Sócrates. Daqui para o futuro quem vai acreditar nos socialistas, no socialismo, no PS?, cuja história carrega um peso insuportável de derivas, desvios e traições.
José Sócrates pode ser um guloso de tecnologia, um amante desvairado de cibernética, um "animal feroz", como se definiu numa preguiçosa e insensata entrevista ao Expresso. O que José Sócrates não é, sabemo-lo todos - e todos os dias: nem socialista, nem grande político nem grande primeiro-ministro.|
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Santanismo reciclado
Luís Filipe Menezes foi esta semana apanhado a plagiar, isto é, a copiar textos de outros autores e a apresentá-los como seus, no blogue que mantém na internet. É um episódio embaraçoso, pela apropriação alheia e pela mistificação que denota?
Não, de forma alguma, esclarece Menezes, «é uma questão irrelevante». Até porque quem fez as cópias dos textos não foi ele, mas um seu «colaborador na Câmara» que lhe dá essa «ajuda fora das horas de serviço, em casa».
O que revela que, afinal, estamos perante um duplo plágio. Luís Filipe Menezes, cujo nome aparece a assinar todos os escritos do blogue, plagia a dobrar textos já surripiados pelo seu colaborador. Muito ilustrativo.
Mas, para lá desta ‘questão irrelevante’, acreditem que vale a pena consultar o blogue de Menezes. Para apreciar a qualidade literária (e, já agora, a elevação política) dos seus textos. Os que não são copiados, claro.
O repetente candidato à liderança do PSD já nos habituara, por outro lado, a dizer uma coisa e o seu contrário. De acordo com os ventos que sopram e as conveniências de cada momento. Como há dias recordava no Público o social-democrata Castro Almeida, presidente da Câmara de S. João da Madeira, era Menezes quem, há um ano e meio, escrevia e desejava «longa vida à Ota».
Quem antes considerava «inadiável um pacto de regime entre os dois maiores partidos» e passou a criticar o pacto de Justiça porque esse tipo de acordo não diferencia o PSD do PS. Quem afirmou, em 2005, que não apoiaria uma candidatura do «prof. Cavaco Silva» e, agora, não se cansa de o apontar como exemplo a seguir. Questões irrelevantes, dirá Menezes com a sua insustentável leveza.
O que não deixa de ser curioso nesta conjuntura política, em vésperas de eleições directas no PSD, é o carinho e a simpatia que a figura de Menezes despertou subitamente em alguns meios socialistas e sectores da comunicação social, que até há pouco não lhe devotavam a menor das importâncias.
Os mesmos que abominam o populismo de Alberto João Jardim vêem no populismo secundário de Menezes um particular encanto político. Os mesmos que ridicularizavam a inconstância e a ligeireza política de Santana Lopes olham com tocante benevolência tais características no autarca de Gaia.
Menezes tornou-se, aliás, o representante do santanismo reciclado do PSD. Sem a aura partidária e o brilho pessoal de Santana. Mas com os mesmos fiéis de sempre: Marco António, Helena Lopes da Costa, Mendes Bota, Duarte Lima, Rui Gomes da Silva. Uma galeria de susto.
Publicado por JAL |José António Saraiva - director do "SOL"
Não, de forma alguma, esclarece Menezes, «é uma questão irrelevante». Até porque quem fez as cópias dos textos não foi ele, mas um seu «colaborador na Câmara» que lhe dá essa «ajuda fora das horas de serviço, em casa».
O que revela que, afinal, estamos perante um duplo plágio. Luís Filipe Menezes, cujo nome aparece a assinar todos os escritos do blogue, plagia a dobrar textos já surripiados pelo seu colaborador. Muito ilustrativo.
Mas, para lá desta ‘questão irrelevante’, acreditem que vale a pena consultar o blogue de Menezes. Para apreciar a qualidade literária (e, já agora, a elevação política) dos seus textos. Os que não são copiados, claro.
O repetente candidato à liderança do PSD já nos habituara, por outro lado, a dizer uma coisa e o seu contrário. De acordo com os ventos que sopram e as conveniências de cada momento. Como há dias recordava no Público o social-democrata Castro Almeida, presidente da Câmara de S. João da Madeira, era Menezes quem, há um ano e meio, escrevia e desejava «longa vida à Ota».
Quem antes considerava «inadiável um pacto de regime entre os dois maiores partidos» e passou a criticar o pacto de Justiça porque esse tipo de acordo não diferencia o PSD do PS. Quem afirmou, em 2005, que não apoiaria uma candidatura do «prof. Cavaco Silva» e, agora, não se cansa de o apontar como exemplo a seguir. Questões irrelevantes, dirá Menezes com a sua insustentável leveza.
O que não deixa de ser curioso nesta conjuntura política, em vésperas de eleições directas no PSD, é o carinho e a simpatia que a figura de Menezes despertou subitamente em alguns meios socialistas e sectores da comunicação social, que até há pouco não lhe devotavam a menor das importâncias.
Os mesmos que abominam o populismo de Alberto João Jardim vêem no populismo secundário de Menezes um particular encanto político. Os mesmos que ridicularizavam a inconstância e a ligeireza política de Santana Lopes olham com tocante benevolência tais características no autarca de Gaia.
Menezes tornou-se, aliás, o representante do santanismo reciclado do PSD. Sem a aura partidária e o brilho pessoal de Santana. Mas com os mesmos fiéis de sempre: Marco António, Helena Lopes da Costa, Mendes Bota, Duarte Lima, Rui Gomes da Silva. Uma galeria de susto.
Publicado por JAL |José António Saraiva - director do "SOL"
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Horácio Barra e a angústia pré-férias
Às vezes, na política, como tudo na vida, mais vale deixar passar, deixar andar, fazer de conta. Era isso que devia ter feito Horácio Barra, após ter tomado conhecimento que Fernando Reis tinha conseguido (e bem) um acordo com o Ministério da Saúde, que além de garantir a manutenção das urgências médico-cirúrgicas no Hospital de Barcelos, até às dez da noite, inscreve e calendariza, pela primeira vez, num documento governamental, a construção de um novo hospital em Barcelos.
Perante isto, Horácio Barra só tinha duas saídas: congratular-se pela assinatura do acordo e dar os parabéns ao presidente da Câmara e ao Ministro do seu partido/Governo - e daí não lhe cairiam os parentes na lama - ou ficar calado, depois daquele primeiro comunicado que não dizia nem mais uma vírgula do que as notícias veículadas antes por toda a comunicação social.
Todavia, Barra não resistiu e falou. Resta saber se por vontade própria, por pressão dos seus indefectíveis, ou por força de pensar que se nada dissesse mais vergastado seria pela oposição interna que alastra cada vez mais.
A política tem destas coisas: já não basta a Barra ter de se preocupar com o adversário directo - Reis; como além de ter de aturar os seus spin-doctors, tem agora de se preocupar com uma sobra chamada Lourenço - João Lourenço: uma sombra cada vez mais omni-presente, a declarar, ao fim dois anos, que o tempo da paz podre acabou definitivamente-
Fez bem Lourenço em dar um tempo de estado de graça a Barra, mesmo depois da pesada derrota e das graves afrontas e deslealdades com que esta dirceção do PS o brindou. Lourenço esperou até ao limite. E agora, que tem a certeza que "era uma vez um Barra", saiu á luz do dia e publicamente anunciou a ruptura com esta forma de fazer oposição.
Ora, Barra, neste dilema, bem pode usar o jornal do seu compadre para dizer que nao sente os adversários internos: quanto mais o gritar, maior é o sinal de que está acossado. E quanto mais o "Verde" o esconder, mais a classe política perceberá que algo vai mal, muito mal, no reino cor de rosa.
E tanto assim é, que foi justamente por estar acossado que Barra teve de vir a público dizer uma coisa que ele próprio, mais Barcelos inteiro sabe que não é verdade.
À resposta à pergunta: onde estava e que fez o PS de Barcelos nas negociações sobre o acordo as Urgências e o novo Hospital?, Barra só conseguiu balbucinar que o PS esteve nas reuniões em que tinha de estar. A situação foi tão confrangedora que até os seus parceiros de conferência de imprensa esboçaram um sorriso amarelo!
Quando Barra acusa o PSD e o Presidente da Câmara de “aproveitamento mediático e demagógico” no que refere ao protocolo entre o Ministério da Saúde e a Câmara de Barcelos, reivindicando para o PS Barcelos o mérito na manutenção do serviço de urgências Médico-Cirúrgicas e na construção de um novo hospital, a única coisa que o ainda líder do PS está a fazer é auto-flagelar-se, é expor-se, é dar o corpo ao manifesto.
E tanto se expôs, que no mesmo dia em que os jornais timidamente davam conta dessa fuga em frente do líder do PS, no Jornal de Barcelos, um naco de prosa de Luís Manuel Cunha chamava os bois pelos nomes, ao dizer que Barra foi "mansamente" o último a saber desse acordo. Pode parecer (e é) dramaticamente duro, mas foi Horácio Barra que se pôs a jeito.
Da mesma forma que ao assegurar que as divisões e intrigas políticas dentro do PS só surgiram na comunicação social e não existem, só podemos exclamar: o pior cego é aquele que não quer ver.
Como Barra, só o líder da concelhia do Porto. Obstinadamente só, é mais papista do que o papa. Repare-se nesta sua declaração: "o governo PS está a fazer por Barcelos mais do que qualquer outro governo fez até hoje, como se prova pela construção do IPCA e do novo hospital". Ora, o IPCA está sendo construído vai para quatro ou seis anos; e a promessa do novo Hospital é uma conquista do presidente da Câmara com uma grande ajuda pelo que se pôde ler, da intermediação de Lino Mesquita Machado, o recém-empossado presidente do Conselho de Administração do hospital de Santa Maria Maior de Barcelos. O mesmo Lino Mesquita Machado que em entrevista ao Jornal de Barcelos, afirmou peremptoriamente que além do presidente da Câmara, dele próprio e do representante do governo nas negociações, ninguém, mas mesmo ninguém mais sabia destas negociações nem deste acordo.
Perante isto, pergunta-se. E agora Horácio? Também vai dizer que o camarada Lino Mesquita Machado está a fazer aproveitamento mediático? Estará, por acaso, este quadro do PS a fazer política pró PSD?
Nunca, como este ano, Horácio Barra teve tantas angústias antes de partir para férias.
E quem diria! Mesmo aqueles que o consideravam o mais credível e forte líder do PS em Barcelos, são hoje os que mais o flagelam. Porque será?
Perante isto, Horácio Barra só tinha duas saídas: congratular-se pela assinatura do acordo e dar os parabéns ao presidente da Câmara e ao Ministro do seu partido/Governo - e daí não lhe cairiam os parentes na lama - ou ficar calado, depois daquele primeiro comunicado que não dizia nem mais uma vírgula do que as notícias veículadas antes por toda a comunicação social.
Todavia, Barra não resistiu e falou. Resta saber se por vontade própria, por pressão dos seus indefectíveis, ou por força de pensar que se nada dissesse mais vergastado seria pela oposição interna que alastra cada vez mais.
A política tem destas coisas: já não basta a Barra ter de se preocupar com o adversário directo - Reis; como além de ter de aturar os seus spin-doctors, tem agora de se preocupar com uma sobra chamada Lourenço - João Lourenço: uma sombra cada vez mais omni-presente, a declarar, ao fim dois anos, que o tempo da paz podre acabou definitivamente-
Fez bem Lourenço em dar um tempo de estado de graça a Barra, mesmo depois da pesada derrota e das graves afrontas e deslealdades com que esta dirceção do PS o brindou. Lourenço esperou até ao limite. E agora, que tem a certeza que "era uma vez um Barra", saiu á luz do dia e publicamente anunciou a ruptura com esta forma de fazer oposição.
Ora, Barra, neste dilema, bem pode usar o jornal do seu compadre para dizer que nao sente os adversários internos: quanto mais o gritar, maior é o sinal de que está acossado. E quanto mais o "Verde" o esconder, mais a classe política perceberá que algo vai mal, muito mal, no reino cor de rosa.
E tanto assim é, que foi justamente por estar acossado que Barra teve de vir a público dizer uma coisa que ele próprio, mais Barcelos inteiro sabe que não é verdade.
À resposta à pergunta: onde estava e que fez o PS de Barcelos nas negociações sobre o acordo as Urgências e o novo Hospital?, Barra só conseguiu balbucinar que o PS esteve nas reuniões em que tinha de estar. A situação foi tão confrangedora que até os seus parceiros de conferência de imprensa esboçaram um sorriso amarelo!
Quando Barra acusa o PSD e o Presidente da Câmara de “aproveitamento mediático e demagógico” no que refere ao protocolo entre o Ministério da Saúde e a Câmara de Barcelos, reivindicando para o PS Barcelos o mérito na manutenção do serviço de urgências Médico-Cirúrgicas e na construção de um novo hospital, a única coisa que o ainda líder do PS está a fazer é auto-flagelar-se, é expor-se, é dar o corpo ao manifesto.
E tanto se expôs, que no mesmo dia em que os jornais timidamente davam conta dessa fuga em frente do líder do PS, no Jornal de Barcelos, um naco de prosa de Luís Manuel Cunha chamava os bois pelos nomes, ao dizer que Barra foi "mansamente" o último a saber desse acordo. Pode parecer (e é) dramaticamente duro, mas foi Horácio Barra que se pôs a jeito.
Da mesma forma que ao assegurar que as divisões e intrigas políticas dentro do PS só surgiram na comunicação social e não existem, só podemos exclamar: o pior cego é aquele que não quer ver.
Como Barra, só o líder da concelhia do Porto. Obstinadamente só, é mais papista do que o papa. Repare-se nesta sua declaração: "o governo PS está a fazer por Barcelos mais do que qualquer outro governo fez até hoje, como se prova pela construção do IPCA e do novo hospital". Ora, o IPCA está sendo construído vai para quatro ou seis anos; e a promessa do novo Hospital é uma conquista do presidente da Câmara com uma grande ajuda pelo que se pôde ler, da intermediação de Lino Mesquita Machado, o recém-empossado presidente do Conselho de Administração do hospital de Santa Maria Maior de Barcelos. O mesmo Lino Mesquita Machado que em entrevista ao Jornal de Barcelos, afirmou peremptoriamente que além do presidente da Câmara, dele próprio e do representante do governo nas negociações, ninguém, mas mesmo ninguém mais sabia destas negociações nem deste acordo.
Perante isto, pergunta-se. E agora Horácio? Também vai dizer que o camarada Lino Mesquita Machado está a fazer aproveitamento mediático? Estará, por acaso, este quadro do PS a fazer política pró PSD?
Nunca, como este ano, Horácio Barra teve tantas angústias antes de partir para férias.
E quem diria! Mesmo aqueles que o consideravam o mais credível e forte líder do PS em Barcelos, são hoje os que mais o flagelam. Porque será?
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